Caminhadas Indoor

Estou em quarentena há 16 meses. Considero que entrei em quarentena no meu primeiro dia de trabalho em regime de home office, em 19 de março de 2020. Desde então, passo a maior parte do tempo dentro do meu apartamento, saindo à rua basicamente uma vez por semana para ir ao supermercado. 

Ficar sem colocar os pés na rua é um convite ao sedentarismo, ainda mais morando em um apartamento e em um condomínio antigo onde não há área externa para circulação dos moradores além do hall de entrada do edifício. Tenho certeza de que, se não fosse o meu relógio que marca os passos, eu estaria passando por uma quarentena totalmente sedentária. 

Logo que comecei o meu isolamento social, notei que o relógio mal chegava aos 400 passos por dia e isso me assustou. Não que eu fosse uma pessoa muito atlética antes da pandemia, mas eu fazia cerca de 8 mil passos por dia só de ir e voltar do trabalho. Isso dá uns 5 quilômetros diários e é o que OMS considera como o mínimo necessário de atividade física diária para uma vida saudável. Assustada com os poucos passos marcados no começo da pandemia, resolvi fazer do meu relógio o meu maior aliado para eu me manter em movimento mesmo sem sair do apartamento. 

Eu tenho como meta chegar aos 8 mil passos todos os dias.  Como é muito chato andar aqui dentro, afinal o cenário é sempre o mesmo e eu fico desviando dos móveis a todo instante, eu parcelo as minhas caminhadas ao logo do dia. Vem dando certo e consigo atingir a meta quase sempre. 

Antes de começar o meu expediente eu já ando um pouco. Em geral, me sento na cadeira para trabalhar já com uns 2 mil passos acumulados. Ao longo do expediente, faço 3 pausas de no máximo 10 minutos para esticar as pernas e acumular mais alguns passos. E depois do trabalho eu caminho até o meu relógio tremer, avisando que a meta foi atingida!

Em geral nos finais de semana eu junto os passos bem mais rapidamente, algumas vezes, já fiz numa tacada só! Liguei o rádio e fui andando até o reloginho tremer. Mas fiz poucas vezes, pois é uma atividade chata fazer tudo de uma vez, o tédio me ataca! Assim, para não desanimar, prefiro dividir as caminhadas ao logo do dia. 

Enquanto o mundo lá fora não voltar a ser seguro novamente, continuarei na minha levada de caminhar dentro de casa para manter o corpo em movimento mesmo com a minha vida estando em pausa por causa da pandemia. Anseio pelo dia de poder voltar a caminhar no parque perto de casa sem ter receio de voltar doente para casa. 

Toda e qualquer atividade física é importante para que nosso corpo aguente bem este período longo de isolamento. Por isso, encontre o seu jeito de se movimentar para estar bem quando tudo isso passar.

PATRICIA QUIÑÓNEZ – 

Irmã, Amiga e Escritora do BLOGDAMARION.BLOGSPOT.COM